terça-feira, 26 de dezembro de 2017

Luandino Vieira. BioBibliografia




Luandino Vieira ou, também, José Luandino Vieira, poeta, contista e tradutor, é o pseudónimo literário de José Mateus Vieira da Graça, nascido em Lagoa do Furadouro a 4 de Maio de 1935. Assina também como José Graça e José Muimbu.


Com três anos de idade foi para Angola com seus pais. Aí fez os estudos liceais, tendo seguido então a carreira comercia, que culminou como gerente comercial.

Pertenceu à geração da “Cultura” entre 1957 e 1963.

Foi preso pela Pide em 1959, incluído no Processo dos 50, e novamente em 1961, condenado a 14 anos de prisão, por alegadas ligações ao MPLA. Em 1963 foi desterrado para o Campo de Concentração do Tarrafal, em Cabo Verde, onde esteve 8 anos.

Em 1965, desterrado no Tarrafal há dois anos, sem disso ter tido conhecimento, a Sociedade Portuguesa de Escritores, então presidida por Jacinto do Prado Coelho, atribuiu-lhe o Grande Prémio de Novelística pela sua obra ‘Luuanda’. Luandino estava impossibilitado de candidatar a obra, bem como o seu editor e foi com surpresa que se percebeu que a obra fora, mesmo assim, distinguida, graças à intervenção do crítico literário Alexandre Pinheiro Torres. O caso causou violenta reação por parte do Estado Novo, tendo a censura proibido qualquer referência ao prémio sem um enquadramento crítico (o que significava "sem uma crítica derrotista ou maldizente") do escritor, dos membros do júri e da própria SPE. Em consequência a sede da Sociedade Portuguesa de Autores foi saqueada e destruída na noite de 21 de maio, por "desconhecidos" (na realidade "desconhecidos" da PIDE e da Legião Portuguesa). No mesmo dia o Ministro da Educação, Inocêncio Galvão Teles, extinguiu a SPE. No dia 23 o "Jornal do Fundão" noticiou o prémio, elogiando fortemente Luandino, sem qualquer referência ao seu estatuto "criminal". O periódico foi suspenso por seis meses, multado, a sua caução aumentou exponencialmente e foi obrigado a apresentar as provas à delegação de Lisboa e não à de Castelo Branco, como seria normal. O jornal só voltaria a retomar a publicação em finais de Novembro de 1965, após várias exposições do diretor ao Presidente do Concelho.

Libertado do Tarrafal em 1972, no âmbito da chamada "Primavera Marcelista", foi para Lisboa onde passou a viver em regime de liberdade condicional e sob residência fixa. Iniciou, então, a publicação da sua obra, escrita, em grande parte, nas diversas prisões por onde passou, trabalhando com editor Sá da Costa até à Revolução de Abril..





Voltou a Angola em 1975. Na sequência das eleições angolanas de 1992 e desiludido com o reinício da guerra civil, acabou por regressar a Portugal. Vive, há vários anos, radicado numa zona rural do Minho, próximo de Vila Nova de Cerveira.



CARGOS QUE EXERCEU:

1975-1978: organizou e dirigiu a Televisão Popular de Angola;
1975-1979: dirigiu o DOR-Departamento de Orientação Revolucionária, do MPLA;
1979-1984: dirigiu o Instituto Angolano de Cinema;
1975: foi um dos fundadores da União dos Escritores Angolanos, tendo sido seu secretário-geral em 1975-1980 e 1985-1992;
1979-1984: foi secretário-geral adjunto da Associação dos Escritores Afro-asiáticos e seu secretário-geral em 1984-1989.

Fundou, ainda,  a editora NósSomos, especializada em literatura angolana.







COLABORAÇÕES JORNALÍSTICAS:

Mensagem, revista da Casa dos Estudantes do Império: 1950 e 1961-1963;
O Estudante, de Luanda: 1952;
Cultura, de Luanda: 1957;
Boletim Cultural do Huambo, de Nova Lisboa: 1958:
A Província de Angola, de Luanda: 1961-1963;
Jornal do Congo, de Carmona: 1962;
Vértice, de Coimbra: 1973;
Jornal de Luanda: 1973.






BIBLIOGRAFIA ATIVA:

Contos
A Cidade e a Infância (1957: 1986)


Duas Histórias de Pequeno Burgueses (1961)


Luuanda (1963; 2004)


Vidas Novas (1968; 1997)


Velhas Estórias (1974; 2006)


Duas Estórias (1974)

No Antigamente na Vida (1974; 2005)


Macandumba (1978; 2005)


Lourentinho, Dona Antónia de Sousa Neto & Eu (1981; 1989)


Estória da Baciazinha de Quitaba (1986)

À espera do luar (1998)


Kapapa: Pássaros e Peixes (1998)


A fronteira de asfalto (2012).



Novelas
A Vida Verdadeira de Domingos Xavier (1961; 2003)


João Vêncio, os Seus Amores (1979; 2004).



Romances
Nosso Musseque (2003)


Nós, os do Makulusu (1974; 2004)


De Rios Velhos e Guerrilheiros – (trilogia)
- I O Livro dos Rios (2006)


- II O Livro dos Guerrilheiros (2009)


- III O Livro de Ela e os Velhos (ainda não publicado).

Infanto-juvenil
A guerra dos fazedores de chuva com os caçadores de nuvens - Oyita Ya Edike Amvula Ni Manianga Amatuta -, Guerra para crianças (2006-2012)



Fábulas angolanas
Kaxinjengele e o poder (2007)




Kiombokiadimuka e a liberdade (2008)


Puku Kambundu e a sabedoria (2009)


Kaputu Kinjila e o sócio dele Kambaxi Kiaxi (2010)


Ngola Mukongo e a Justiça (2011)


Xingandele, o corvo de colarinho branco (2012)


Dimandondo, o morcego dos três nomes (2013)


Katubia Ufolo, o pássaro serpente (2015).




Outros
I Canção ao Mar (1961)

Apontamentos biográficos e correspondência
Papéis da prisão  (2015)


Antologias
Poesia Angolana de Revolta, organização de Giuseppe Mea (1975)


Antologia Temática de Poesia Africana,, 1-Na Noite Grávida de Punhais, organização de Mário de Andrade (1975)


No Reino de Caliban: antologia panorâmica da literatura africana de expressão portuguesa, II-Angola, São Tomé e Príncipe, organização Manuel Ferreira (1976).



Textos dispersos 

Vieira, Luandino.
1978. Depoimento … uma impressão tão forte que faz parte duma estória futura… África – Literatura, Arte e Cultura, Vol. I, nº 1, Ano I, Lisboa, Julho 1978, p. 11

Vieira, Luandino.
1978. Abóboras, jindungo, tomate. África – Literatura, Arte e Cultura, Vol. I, nº 1, Ano I, Lisboa, Julho 1978, p. 15

Vieira, Luandino.
1996. Duas Meias Palavras. Prefácio de “O Feitiço da Rama de Abóbora”, Tchikakata Balundu, Campo das Letras, Porto, 1996.



Traduções

1973- Burgess, Anthony. Laranja Mecânica, Edições 70, Lisboa.









BIBLIOGRAFIA PASSIVA:

ANDRADE,  Joelma Gomes dos Santos Cheng de.
2008.  “A literatura se alimenta de literatura. Ninguém pode chegar a escritor se não foi um grande leitor”, Entrevista com José Luandino Vieira, Investigações UFPE, Impresso, UFPE-Universidade Federal de Pernambuco. 
2009. "O Narratário: um estudo de seu papel na construção de João Vêncio: os seus amores, de José Luandino Vieira”, Mestrado de Letras, UFPE-Universidade Federal de Pernambuco..
2010. Silva, Patrícia Soares; “Eu não moro mais em Luanda e nem nunca mais poderia morar, porque o lugar onde morei já não existe mais”, Entrevista com José Luandino Vieira, Eutomia, vol. 2, Recife.  
2010. “De José Luandino Vieira: o verbo, a imagem e o gesto”,  VIII Encontro sobre o Ensino de Língua e Literatura e IV Congresso Nacional Sobre o Ensino de Língua e Literatura, Anais, A Intersemiose e a Multimodalidade no Ensino de Língua e de Literatura, Olinda.
2014. "O Lugar de José Luandino Vieira na Tradição do Conto Angolano", Doutoramento em Letras, UFPE-Universidade Federal de Pernambuco.

ANDRADE,  Joelma Gomes dos Santos Cheng de, et al. (org.).
2013. “A Mimesis em Marcha: perspectivas para a Literatura Angolana no século XXI”, Mimesis e Ficção, 1ª ed., Pipa Comunicação, Recife.

ANDRADE,  Júlia Parreira Zuza.
2014. “Mia Couto e Luandino Vieira: a ficção de fronteira nas obras para público infantojuvenil”,  Dissertação Mestrado em Literatura de Língua Portuguesa: Investigação e Ensino, UC-Universidade de Coimbra, Portugal.                                                                                              
2014. “O fenômeno crossover fiction e as obras editadas para crianças e jovens de Mia Couto e Luandino Vieira: uma discussão sobre o público leitor”,  Revista Impossibilia nº 8, UC-Universodade de Coimbra.

ANTUNES, José Freire.
1990. “O factor africano:1890-1990”, Bertrand Editora,Venda Nova.

CHAVES, Rita Cássia Natal.
1993. “Entre intenção e gestos – a formação do romance angolano”, Tese de Doutoramento de Letras, Letras Clássicas, USP-Universidade de São Paulo.
1999. “A formação do romance angolano”, FBLP - Fundo Bibliográfico de Língua Portuguesa, São Paulo.
2000. “José Luandino Vieira: consciência nacional e desassossego”, Revista de Letras, v. 40, pp. 77-97, São Paulo.
2002. “O percurso do romance angolano: de Assis Jr. a Luandino Vieira”, Mar Além, v.2, pp.1-156, Lisboa.
2005. “Angola e Moçambique. Experiência colonial e territórios literários”, Atelier Editorial, Cotia, São Paulo.
2007. “O livro dos rios, de Luandino Vieira: A contemporaneidade do passado e a força do presente”, África 21, 25.jan.2007, pp. 86-88, Luanda.
                                                       
CHAVES, Rita Cássia Natal;
2010. “A propósito da narrativa contemporânea em Angola: notas sobre a noção de espaço em Luandino Vieira e Ruy Duarte de Carvalho”, in Secco, Carmen Tindó et al. (org.), “África, escritas literárias”, v. 1, pp. 13-21, Editora da UFRJ-Universidade Federal do Rio de Janeiro, UEA-União dos Escritores Angolanos, Luanda.

CHAVES, Rita Cássia Natal;
2012. “Ruptura e subjetividade: memória, guerra e ficção na escrita de José Luandino Vieira”, in Brugioni, Elena et al. (org), “Itinerâncias: Percursos e Representações da Pós-Colonialidade”, Húmus, v. 1, pp. 323-333, Braga.

CHAVES, Rita Cássia Natal bet al. (org.).
2007. “A kinda e a missanga: encontros brasileiros com a literatura angolana”, Editorial Nzila, Luanda.
2009. “Contos africanos de língua portuguesa”, Ática, v. 1, São Paulo.

COSME, Leonel.
2003. “O regresso de Luandino”, Página da Educação, ano 12, nº 126, Agosto/Setembro 2003, [url] http://www.apagina.pt/?aba=7&cat=126&doc=9616&mid=2.                                               

CRUZ, Maria de Santa.
1987. “Luandino e a «Maka» de Babel”, in Literaturas Africanas de Língua Portuguesa, Fundação Calouste Gulbenkian/Acarte, Lisboa, p.205.

DIAS, Maria Heloisa Martins.
1995. “Narratividade mitopoética: Guimarães Rosa e Luandino Vieira”, JL-Jornal de Letras, Artes & Ideias, nº 645, pp.42-43, Lisboa.

EDMUNDO, Francisco Kulikolelwa.
2013. “O nacionalismo militante em o «Livro dos rios», de José Luandino Vieira”, Buala, {url] http://www.buala.org/pt/a-ler/o-nacionalismo-militante-em-o-livro-dos-rios-de-jose-luandino-vieira.

ERVEDOSA, Carlos.
1974. "Roteiro da Literatura Angolana", Sociedade Cultural de Angola, Luanda, p. 100.

FARIA, Joana Daniela Martins Vilaça de.
2005. “Mia Couto – Luandino Vieira: uma leitura em travessia pela escrita criativa…”, Dissertação de mestrado em Teoria da Literatura e Literatura Portuguesa, UM-Universidade do Minho, [url] https://repositorium.sdum.uminho.pt/handle/1822/3467.

FENSKE, Elfi Kürten (pesquisa, seleção e organização).
2015. “José Luandino Vieira – Fios de memória e estórias”. Templo Cultural Delfos, [url] http://www.elfikurten.com.br.

FERREIRA, Manuel.
1977. “Literaturas Africanas de Expressão Portuguesa”, Vol. II, MEIC/Secretaria de Estado da Investigação Científica, Biblioteca Breve vol. 7, Lisboa, pp. 26, 55 e 102.
                                                   
GARCIA, José Martins.
1974. “Luandino Vieira: O anti-apartheid”, Colóquio Letras nº 22, Lisboa, Novembro 1974, p. 43.

GODOY, Heleno.
1996. “Porque é verdadeira a vida de Domingos Xavier?”, Dizer/Não Dizer, Signótica, nº 8, pp.25-34, dez. 1996, UFG-Universidade Federal de Goiás, [url] https://www.revistas.ufg.br/sig/article/viewFile/7345/5211.

HAMILTON, Russel G.
1984. “Literatura Africana, literatura necessária: Angola”, p. 247, Edições 70, Lisboa.

HEITOR, Jorge.
2004. “Uma Estória Picaresca da Luanda Colonial”. Público.pt, edição online, 24.07.2004.

LABAN, Michel (org.).
1977. “Luandino: José Luandino Vieira e a sua obra: estudos, testemunhos, entrevistas”, Signos nº 32, Edições 70, Lisboa.

LARANJEIRA, Pires.
1979. “Luandino Vieira: apresentação da vida verdadeira”, Revista de Cultura Vozes, ano 73, vol. LXXIII, pp. 5-16, Petrópolis.
1985. “Simbologia do (n)ovo numa estória de José Luandino Vieira”, África, vol. 8, pp. 151-155, São Paulo.
1995. “Literaturas africanas de expressão portuguesa”, Universidade Aberta, Lisboa.
2004. “Luandino e Vilanova, Felizes reedições”, JL - Jornal de Letras, Artes e Ideias, 4-17 Agosto 2004, p. 20.
2005. “Luandino, Pepetela e Ruy Duarte de Carvalho, Três reedições felizes”. JL - Jornal de Letras, Artes e Ideias, 19 Janeiro-1 Fevereiro 2005, p. 18.




LEITE, Ana Mafalda.
1998. “Oralidades e escritas nas Literaturas Africanas”, Edições Colibri, Lisboa.
2003. “Literaturas Africanas e formulações pós-coloniais”, Edições Colibri, Lisboa.

MATOS, Domingos Hélder António de.
2008. “A enunciação cultural na tradução de Nós, os do Makulusu de Luandino Vieira”, Dissertação de Mestrado em Estudos Franceses, Instituto de Letras e Ciências Humanas da UM-Universidade do Minho, Braga, [url] https://repositorium.sdum.uminho.pt/bitstream/1822/8202/1/tese%20final.pdf.

MORAIS, Anita Martins Rodrigues de.
2012. “A ficção pela nação: investigando formas de controle do imaginário em Luandino Vieira”, 2010, in LEITE, A. M. et al. (org.), “Nação e narrativa pós-colonial”, Edições Colibri, 1ª ed., v. 1, pp.339-352, Lisboa.

PADILHA, Laura Cavalcante.
1998. “Entre voz e letra: o lugar da ancestralidade na ficção angolana do século XX”, Tese de Doutoramento em Letras, Letras Vernáculas, UFRJ-Universidade Federal do Rio de Janeiro.
2008. “De R$ios Velhos e Guerrilheiros – O Livro dos Rios, de José Luandino Vieira”, Metamorfoses, vol. 8, pp. 319-323, Revista da Cátedra Jorge de Sena da Faculdade de Letras da UFRJ-Universidade Federal do Rio de Janeiro.
2015. “Luandino, dus «Luuanda» e os «sonoros corações da [sua] terra»”, Colóquio Letras, nº 1, pp. 130-130-140, Lisboa.

PADILHA, Laura Cavalcante et al. (org.).
2008. "Literatura Angolana: estoriando a partir do que não se vê", Lendo Angola, Editora Afrontamento, Porto.

PEICY, Carlos.
2010. “A vida verdadeira de Domingos Xavier: trajetória, arte e revolução”, Revista África e Africanidades, ano 3, nº 10, Agosto 2010, PUC-RIO-Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro.

RIBEIRO, Luciane Oliveira.
2011. “A solidariedade resistente desvendando a Vida Verdadeira de Domingos Xavier, de Luandino Vieira”, UFPel - Universidade Federal de Pelotas, [url] https://wp.ufpel.edu.br/letras-pos/files/2012/02/A-Solidariedade-Resistente-desvendando-Vida-Verdadeira-de-Domingos-Xavier.pdf.

RIBEIRO, Margarida Calafate et al.
2016- “«Papéis da Prisão», de José Luandino Vieira: uma «biografia»”, JL-Jornal de Letras, Artes e Ideias, 5 janeiro 2016, Lisboa.
                                                      
ROCHA, Edmundo.
2003. “Contribuição ao estudo da génese do nacionalismo moderno angolano”, e.a., Lisboa.

RODRIGUES, Urbano Tavares.
1979. “Crítica literária de «Macandumba»”, África – Literatura, Arte e Cultura, Vol. I, nº 3, Ano I, Lisboa, Janeiro-Março 1979, p. 342.

SANTOS, Rubens Pereira dos.
2013. “Encontros periféricos Rússia/Angola: Gorki e Luandino Vieira”, Anaos do XIII Emcomtro Internacional da Abralic, EDUEPB-Editora da Universidade Estadual da Paraíba, vol. 1, pp.375-381, Campina Grande.
2015. “Luandino e Gorki: relações literárias”, Cultura, Jornal Angolano de Artes e Letras,19 janeiro 2015, pp. 9-12, Luanda.

SILVA, Patrícia Soares.
s/d. “José Luandino Vieira: afirmação de uma real identidade angolana”, Alfarrabio, Projecto Vercial, UM-Universidade do Minho, Braga, [url] alfarrabio.di.uminho.pt/vercial/zips/luandino.rtf

TOPA, Francisco José de Jesus (Introdução, recolha e edição).
2014. “Luuanda há 50 anos, Críticas, prémios, protestos e silenciamento”, Sombra Pela Cintura, UP-Universidade do Porto, [url] http://web.letras.up.pt/ftopa/Livros/16.%20Luuanda%20h%C3%A1%2050%20anos.pdf.
2014. “Águas profundas são as palavras dos poetas: Luuanda e Luandino”, As Artes Entre as Letras, 29 outubro 2014, Porto.
2014. “Luandino por (re)conhecer: uma entrevista, estórias dispersas, bibliografia”, Sombra Pela Cintura, 1ª ed., ISBN: 978-989-96206-9-8, UP-Universidade do Porto.

TRIGO, Salvato.
1981. “Luandino Vieira – o Logoteca”, Brasília Editora, Porto.
1981. “Do logotetismo ao genoterismo; José Luandino Vieira – o percurso duma escrita”, Dissertação de Doutoramento em Literatura de Expressão Portuguesa –Literatura Africana, Faculdade de Letras da Universidade do Porto.


VIEIRA, Agripina Carriço.
2011. “Construção da identidade na ficção de Luandino, Pepetela e Agualusa.”, Tese de Doutora-mento em Estudos Literários e Literatura Comparada, UL-Universidade de Lisboa.

ZUZA, Júlia.

2014. “O fenômeno crossover fiction e as obras editadas para crianças e jovens de Mia Couto e Luandino Vieira: uma discussão sobre o público leitor”, Impossibilia nº8, pp. 86-103, outubro 2014, ISSN 2174-2464, UC-Universidade de Coimbra.
__
2003. “A Vida Verdadeira de Domingos Xavier e Nosso Musseque” (excerto e recensão), Nova Cultura, outubro 2003, [url]  http://www.novacultura.de/0310vieira.html.    
__
s/d.  “Abordagem sucinta da estória Vavó Xixi e seu neto Zeca Santos”, Prof2000, [url] http://www.prof2000.pt/users/cweb/g03/.
__
s/d. “Luuanda – Obra de Transição”, Prof200, [url] http://www.prof2000.pt/users/cweb/g03/transicao.htm.
__
s/d. “Marcas de Africanidade”, Prof2000, [url] http://www.prof2000.pt/users/cweb/g03/marcas.htm.
__
2014. “50 Anos de Luuanda”, Diacrítica – Revista do Centro de Estudos Humanísticos da Universidade do Minho, série Literatura, nº 28/3, Braga.
__
2002. “Nove autores lusófonos nos 100 mais do continente africano”, Público, Edição online 27.07.2002, Cultura, Livros.
2006. “Prémio Camões 2006 : Luandino Vieira teve um papel fundador na reinvenção da língua", Público, Edição online, 19.05.2006.
2006. “Luandino Vieira rejeita Prémio Camões”, Público, Edição online, 24.05.2006.




                


PRÉMIOS:


Sociedade Cultural de Angola (1961)
Casa dos Estudantes do Império (1961)
Prémio João Dias (1962) – Vidas Novas
Associação dos Naturais de Angola (1963)
Prémio Mota Veiga (1963) - Luuanda
Grande Prémio de Novelística da Sociedade Portuguesa de Autores (Prémio Camilo Castelo Branco)  (1965) - Luuanda
Pémio Camões (2006)  
Prémio Cultura, do Ministério da Cultura do Governo de Angola (2008).

Em 2006 recusou o "Prémio Camões", alegando «motivos íntimos e pessoais». Entrevistas posteriores, sobretudo ao Jornal de Letras, esclareceram que não aceitara o prémio por se considerar um escritor morto e, como tal, entendia que o mesmo deveria ser entregue a alguém que continuasse a produzir. Ainda assim publicou dois novos livros nesse mesmo ano







ALGUMAS OPINIÕES SOBRE LUANDINO  

"A sua obra, importantíssima, foi precursora da literatura angolana e tem raízes na terra e na cultura do país" - José Saramago

"Luandino Vieira é também um marco revolucionário pelo movimento que criou em Portugal a favor da liberdade de expressão" - Lídia Jorge

"Luandino Vieira é um nome tão grande da literatura em língua portuguesa que a sua distinção já há muitos anos era esperada". "A sua obra tem um enorme valor, e este prémio é um reconhecimento da dinâmica das literaturas africanas e do vigor da Língua Portuguesa em África" - José Eduardo Agualusa.

"(…) autor que conta na literatura de língua portuguesa e porque foi a certa altura quase um símbolo de rebelião" - Eduardo Lourenço.

"Luandino Vieira dedicou toda a sua vida ao povo angolano, expressando, através dos seus escritos, o sofrimento e as alegrias do povo" - Arlindo Isabel, director da Editorial Nzila.


ENTREVISTAS

COELHO, Alexandra Lucas. “Os anos de cadeia foram muito bons para mim”, Público online,                url https://www.publico.pt/2009/05/01/politica/noticia/os-anos-de-cadeia-foram-muito-bons-para-mim-1377921, 01.05.2009.




Filmografia com origem em textos de Luandino


1971. “Monangambé”.
Curta-metragem baseada no conto “O fato completo de Lucas Matesso” (1962).
País: Angola.
Duração: 17 min.
Formato: 35mm, pb.
Realização: Sara Maldoror.
Adaptação/Roteiro: Sara Maldoror, Mário Pinto de Andrade e Serge Michel.


1972. “Sambizanga”.
Longa-metragem baseada na novela “A Vida Verdadeira de Domingos Xavier” (1961).
Países: Angola, República do Congo, França.
Duração: 102 min.
Formato: 35mm, cor.
Realização: Sara Maldoror.
Adaptação/Roteiro: Sara Maldoror, Claude Agostini, Maurice Pons e Mário Pinto de Andrade.
Diretor de Fotografia: Claude Agostini.
Edição: Georges Klotz.
Produção: Isabelle Filmes.
Distribuição: Animatógrafo, Portugal.
Sinopse: O filme passa-se em Angola, no ano de 1961. Domingos Xavier, um ativista revolucionário angolano, é preso pela PIDE (polícia secreta portuguesa) e levado para a prisão de Sambizanga, onde é submetido a um interrogatório e tortura, para que divulgue os nomes dos seus contactos. O filme é contado a partir do ponto de vista de Maria, a mulher de Xavier, que vai em busca do marido, de prisão em prisão, sem que lhe seja dito exatamente o que aconteceu, já que Xavier foi torturado e espancado até a morte.




fontes:

FENSKE, Elfi Kürten. 
2016. “José Luandino Vieira – fios de memória e estórias”, Templo Cultural Delfos, ano VI, [url] http://www.elfikurten.com.br/2015/05/jose-luandino-vieira.htm.
__
2016. “José Luandino Vieira”, Lusofonia, [url] http://lusofonia.x10.mx/luandino.htm.
__
2017. “José Luandino Vieira”, Escritores.online, [url] https://escritores.online/escritor/jose-luandinovieira/. 
__
2017. “José Luandino Vieira”, Wikipédia.pt,  [url] https://pt.wikipedia.org/wiki/Jos%C3%A9_Luandino_Vieira





publicação: 20.05.2006 em LiterHaria.   
última revisão: 19.11.2006.
nova revisão: aqui 25.12.2017.
última atualização: 29.12.2017.



Admário Costa Lindo




Sem comentários:

Enviar um comentário

“Os anos de cadeia foram muito bons para mim” - Luandino Vieira

PRIMEIRA ENTREVISTA DE LUANDINO VIEIRA SOBRE O TARRAFAL Nascido português em Lagoa de Furadouro, Ourém, a 4 de Maio de 1935,  J...